O CURSO

Transformação do ensino na graduação da FO-UFG

Esta Universidade apresenta-se em fase de mudança. Após um longo período de reflexões e debates no âmbito da Universidade, a Pró-reitoria de Graduação da UFG estabeleceu, em 2002, um processo de construção de um Regulamento Geral dos Cursos de Graduação (RGCG).

Assim, a Faculdade de Odontologia (FO/UFG) se insere a partir do ano de 2006, com um novo projeto político-pedagógico e nova estrutura curricular, com base no RGCG-UFG e Diretrizes Nacionais para os Cursos de Graduação em Odontologia.

A UFG tem um compromisso histórico com um processo educativo centrado na aquisição e geração de conhecimentos e, sobretudo, na formação de cidadãos com valores que lhes possibilitam a interação com a sociedade, o compromisso com a sua transformação e com a configuração de um mundo mais humano. Esta reforma visa responder às demandas decorrentes das transformações do mundo atual seja nas relações de trabalho ou nas relações sociais mais amplas.

Isso requer, para sua efetivação, a modernização dos processos para seu funcionamento, no âmbito acadêmico ou de gestão.

As mudanças objetivam aproximar de um perfil de Universidade cujas prioridades são:
 
  • autonomia;
  • responsabilidade;
  • hábito do trabalho em grupo;
  • transdisciplinaridade;
  • formação autônoma, participativa, ética, cívica e cultural;
  • solidariedade à serviço da sociedade.
 
A FO/UFG com sua atual reforma curricular, busca privilegiar alguns aspectos como:
 
  • seleção e a integração de conteúdos;
  • participação ativa do aluno no processo ensino/aprendizagem;
  • transdisciplinaridade;
  • programas de ensino e o preparo pedagógico do docente.
 Todos estes aspectos, incipientes na atuação de docentes e acadêmicos, constituem a base da transformação do ensino, das práticas e da formação profissional do estudante da FO/UFG.

 

Mudanças Metodológicas

Um elemento crítico para as mudanças na formação de graduação, pós-graduação e para a implementação da educação permanente é a superação das concepções tradicionais de educação e a constituição de uma massa crítica de professores universitários e de profissionais de serviços capaz de levar adiante práticas inovadoras e ativas nesse terreno.

A mudança didático-pedagógica requer sair do ensino centrado no professor para aprendizagem ativa desenvolvendo-se em múltiplos cenários (DCN art.7 e 13 - III).

Para Moysés (2003): No ensino da odontologia que serve à sociedade e ao SUS, mais do que a fala do educando, é necessário incorporar a fala do cidadão, em processos mediatizados pela aprendizagem ativa, que emerge da ação-reflexão-ação.

O ponto de partida da aprendizagem é a experiência ou trajetória de vida da pessoa, motivando a busca em diversas fontes para o enfrentamento da realidade. O método da problematização (Berbel 1999) tem sido estudado e discutido por vários dos docentes envolvidos no processo de mudança curricular procurando estabelecer os contrapostos com outros autores que têm implementado mudanças no ensino odontológico à luz da aprendizagem baseada em problemas - PBL (THE INTERNATIONAL DENTAL Problem Based Learning Network, 2003; O’DONNEL, BOTELHO 2001; BOSCH 1997).

Uma das propostas do Documento Base da 3ª Conferência Nacional da Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (BRASIL, 2005), a se realizar no próximo ano, para a graduação das profissões da saúde orientada para o SUS recomenda que, as escolas de graduação em saúde devem assumir como compromisso:

  • a adoção de processos de mudança enfocados nas necessidades de saúde da população e do SUS;
  • envolver os estudantes com as realidades locais e necessidades do país e abrir possibilidades de pesquisa e desenvolvimento em torno de temas importantes para mudança, como a noção de práticas cuidadoras e de trabalho em coletivos;
  • contribuir com o SUS por meio da prestação de serviços de suporte tecnológico, assessoramento técnico-científico e documental e ações colaborativas.