Sub-Projetos - Avaliação da síndrome da ardência bucal em idosos da cidade de Goiânia (projeto 5204)
Sub-Projetos Avaliação da síndrome da ardência bucal em idosos da cidade de Goiânia (projeto 5204) Responsável interno: Maria Alves Garcia Santos Silva Descrição narrativa do projeto (justificativa e objetivos): A Síndrome da Ardência Bucal (SAB) caracteriza-se por sensações dolorosas e de ardência na cavidade bucal, em mucosas clinicamente normais. Sua freqüência e prevalência tem sido relatadas em poucos estudos epidemiológicos. Os pacientes afetados frequentemente queixam-se de queimação oral, alterações na percepção dos sabores e boca seca. O sintomade boca seca é relatado como tendo maior incidência em populações idosas institucionalizadas, como é o caso dos asilos, afetando principalmente as mulheres. O envelhecimento é um fator fisiológico que altera o fluxo salivar, podendo levar à xerostomia (diminuição do fluxo salivar), que pode ser também desencadeada por outros fatores, como o uso de alguns medicamentos (antidepressivos, hipertensivos, anticolinérgicos, sedativos, diuréticos) e a presença de doenças sistêmicas (diabetis melito, hipertensão, artrite reumatóide, desordens neurológica e psicogênicas). OBJETIVOS- Avaliar o fluxo salivar dos idosos residentes nos asilos da Cidade deGoiânia, e correlacionar com a Síndrome da ardência bucal.- Orientar os pacientes e auxiliares dos asilos a realizarem o auto-exame deboca para a prevenção de doenças bucais. Descrição das ações da instituição no projeto (procedimentos, estratégias e ações): A medida do fluxo salivar ou sialometria foi obtida pela mensuração do fluxo salivar estimulado. Para a estimulação da salivação foi utilizado uma solução manipulada de ácido cítrico a 2% (Figura 2) friccionada nas bordas laterais da língua por meio de um cotonete (Figura 3). Esse processo se repetia a cada 30 segundos, durante um período de 5 minutos, sendo que todaa saliva acumulada era coletada em um recipiente (Figuras 1 e 4). Logo após a coleta essa saliva era medida por meio de uma seringa milimetrada (Figura 5), e a partir do fluxo salivar total era obtida a média (em milímetros por minuto), classificando, dessa forma, o fluxo salivar como normal (=1,0 ml/min) ou baixo (<1,0 ml/min). Todo o exame foi realizado pelo pesquisador devidamente equipado com todos os EPIs (jaleco, gorro, máscara, luvas), sob luz natural e nas próprias dependências do asilo.Com o auxílio de um espelho convencional, foram repassados aos residentes e auxiliares dos asilos, instruções para a realização do auto-exame de boca, alertando os mesmos quanto à normalidade dos tecidos bucais (Figura 6). Os pacientes foram orientados a realizarem o auto-exame pelo menos de 6 em 6 meses, e mediante o encontro de alterações de coloração, volume ou texturade qualquer área da mucosa bucal, procurarem tratamento no Centro Goiano de Doenças da Boca/FO/UFG.
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